Expedia Team, em June 24, 2014

Viagens de bicicleta pelo mundo: 4 roteiros para todos os gostos!

Poucas coisas dão na gente aquela sensação de liberdade gostosa como a vista de uma estrada à frente. Por isso, as viagens de bicicleta têm ganhado fãs em todo o mundo: é uma forma sustentável, ecológica, barata e saudável de se conhecer o mundo, sem dispensar nem um pouquinho o contato humano que só tem quem está à pé.

Fora que pedalar, por si só, tem lá o seu charme, né? E para te ajudar a pôr seus pés (e as duas rodas) no mundo, selecionamos locais bem “bike-friendly” países afora. E como já diziam que bicicleta é o meio de transporte mais democrático que tem, as dicas são para todos os gostos: com muita natureza, gastronomia, longas travessias e adrenalina. Escolha o seu!

Itália

Conhecer um país de bicicleta proporciona experiências únicas (Crédito: Clarissa Donda)
Conhecer um país de bicicleta proporciona experiências únicas (Crédito: Clarissa Donda)

As charmosas “vespas” já dão a dica de que a Itália é mais gostosa mesmo sobre duas rodas, mas sobre uma bicicleta a experiência ganha um ritmo mais devagar e intimista, que permite “degustar” melhor cada pedaço do caminho – o que faz toda a diferença aqui, né? Uma boa pedida, aqui, é a região da Toscana: aqui,  viajar de bicicleta tem a ver com a jornada e não com o destino. Pedalar aqui é percorrer uma estrada com colinas douradas e salpicadas de ciprestes, numa paisagem que muda de cor de acordo com a época da colheita. Maio é o mês dos campos dourados de trigo que fazem ondas na paisagem ao sabor da brisa; Julho tem o desabrochar dos girassóis, que pintam os campos de amarelo vibrante; e em setembro é a vez da colheita da uvas. Sabores, paisagens, perfumes e pedaladas: viajar pela Toscana é uma experiência sensorial. Siena, Florença e San Gimignano restringem a entrada de veículos na parte histórica da cidade, o que abre caminhos para os que optam pelas magrelas. De Siena, algumas horas de pedaladas levam à Rapolano, uma região ensolarada e cheia de veados e ciprestes, e a Lucignano, uma pequeniníssima cidade medieval encantadora. Já quem pensa em conhecer San Gimignano de bicicleta deve reservar dois dias: uma opção é se hospedar na cidade (que fica com um astral bem diferente à noite) e durante o dia descer a encosta em direção à cidade de Volterra (que ficou famosa depois de aparecer na série “Crepúsculo”) ou, ainda, ficar pelas vinícolas próximas. Inglaterra

A Inglaterra, assim como toda a Europa, parece convidar os turistas a um passeio de bike (Crédito: Clarissa Donda)
A Inglaterra, assim como toda a Europa, parece convidar os turistas a um passeio de bike (Crédito: Clarissa Donda)

Famosa pelo céu cinza, pela mão do lado direito e pela educação de seus motoristas, a Inglaterra reúne as melhores condições para quem gostaria de se aventurar numa bike-trip. A geografia ajuda: não há muitas montanhas altas, o clima é ameno, as estradas são excelentes e a paisagem parece saída de um conto medieval: vales verdejantes, rios, jardins, casas antigas e aqui e ali, um castelo. Aproveite a vantagem do país ser pequeno e experimente começar por Londres mesmo; além de sentir a vibe descolada da capital inglesa, muitas estradas partem dali em direção às outras cidades como Oxford, Bristol e Bath, em trechos que levam apenas algumas horas. Uma das mais curtas é Brighton, tida como a cidade hippie do país, que junta praia e street-art num lugar só. Mas a Inglaterra fica mais bonita mesmo sobre duas rodas para quem segue a direção oeste, para além de Oxford: a linda região de Cotswold, por si só um dos mais belos jardins da Europa. E o melhor: se cansar, é só pegar um trem: os trens da Inglaterra tem uma área exclusiva para acomodar sua bicicleta. Estados Unidos

Já pensou em pedalar por uma dessas incríveis paisagens nos EUA? (crédito: Flickr/thazit)
Já pensou em pedalar por uma dessas incríveis paisagens nos EUA? (crédito: Flickr/thazit)

E que tal ser ousado sobre a bicicleta e escolher o caminho mais longo? Então a melhor pedida, nesse caso, pode ser atravessar um país – é o caso das travessias “cross-country” nos Estados Unidos. Ok, um ciclista pode levar semanas nessa aventura, mas é inegável que é uma viagem dos sonhos, cheias de histórias e paisagens exuberantes: Montanhas Rochosas, Grand Canyon, Parques Nacionais… Mas fica alguns avisos: é recomendado ir em grupo, e não só porque viajar acompanhado é mais divertido: assim, uma das pessoas pode ser responsável por dirigir com um veículo de apoio, com mantimentos, roupas, comida, kit de primeiros socorros e demais equipamentos, até porque há muitos trechos de estrada no interior americano que são mais remotos, e nem sempre há um posto de saúde ou assistência mais próximo. E também parta com todos os seus hotéis reservados – cansado depois de um dia inteiro de pedalada não é o melhor momento para procurar onde dormir. Bolívia

Coroico, na Bolívia, é um destino repleto de ciclistas (crédito: Flickr/jennifrog)
Coroico, na Bolívia, é um destino repleto de ciclistas (crédito: Flickr/jennifrog)

Esta dica é para os aventureiros: fica na Bolívia uma das estradas mais emocionantes – e perigosas – do mundo. Não é tão comprida – são 56 quilômetros partindo de La Paz em direção ao pequeno vilarejo de Coroico – mas desce 1200 metros encosta abaixo, serpenteando através dos altiplanos bolivianos. A emoção aqui vem junto com o desafio. A descida contínua faz com que a bicicleta ganhe velocidade, e os próprios ciclistas que já toparam a corrida afirmam: “a sensação é a de estar voando”. Mas o segredo é não se empolgar: as curvas da estrada não oferecem proteção nenhuma do precipício que está lá embaixo, e não por acaso ganhou o nome de “Estrada da Morte” – o que se vê são várias cruzes sinalizando os trechos da estrada onde já caiu alguém. Mas ainda assim, milhares de ciclistas topam o desafio todos os anos, não só em busca da adrenalina mas da sensação de riscar da listinha um dos feitos mais bacanas do mundo. Mas podemos dar uma dica? Programem pelo menos 3 dias de hospedagem em La Paz, tempo suficiente para o corpo se adaptar à altitude. E não se preocupem: a cidade tem muitos passeios a oferecer durante esse tempo!